sexta-feira, 16 de novembro de 2018
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
Para comerte mejor- humor erótico de Candelária Silvestre - 23 de outubro na Galeria!
o microscópio e a luneta
assim, como no meio do nada (sempre em paisagens onde o gesto da "cande" deixou um rasto de pasto ou cortadeiras, de terra molhada ou charcos de lama, mangues ou lodazais) surgem estáticas estas figuras ambíguas de mulheres com pinto, (ou homens com seios conforme o gênero a observar) absolutamente sozinhas mas sempre pousando para um observador que certamente é a artista que as retrata e, se estamos observando esta perturbadora cena, é porque ocupamos agora exatamente a posição que ela ocupava quando as pintou.
assim frente a estas telas, cujo tamanho facilita a imersão do observador e cujo realismo fantástico permite acreditar nelas, entrar nelas, conviver e quem sabe se apaixonar porque uma mulher nua é sempre atraente e neste caso, por uma via enviesada, ao aproximar a mão para enfiar o dedo numa vulva úmida estaremos encostando a palma no pau que elas ostentam com certo ar natural, desavisadas e ingenuamente naturais.
penso estar nessa surpresa a intenção destas pinturas, na terra que treme, no chão que cede, no equilíbrio que desaparece e nos deixa também nus, procurando a nossa identidade que por um momento desapareceu.
menudo papel este que cabe à arte que candelaria provoca com uma pintura que parece enfatizar o ambíguo, desequilibrar o nosso olhar e a nossa emoção com recursos pictóricos apurados onde convivem o despojamento de traços casuais violentos e rítmicos dos fundos com o delicado tratamento do corpo humano, emprestado da cultura pop mas com um certo olhar renascentista, um sexo que parece outro como nestas grandes telas; um conto de fadas delicadamente sensual ou descaradamente pornográfico como o narrado na lingerie da coleção "humor erótico".
disposta a criar um alvoroço que haverá de durar uma semana, em sampa, candelária silvestro mostra simultaneamente dois extremos de sua produção recente: os grandes formatos das telas, expostas na sala da funarte, e as cenas pintadas com delicada maestria em lingeries e telas de pequeno formato em lamínima galeria.
ambas trazem a marca inconfundível de seu traço e parecem feitas para confundir o observador, tirá-lo do massacre do cotidiano para levá-lo ao reino da fantasia, do onírico, a um mundo poroso que pode nos abrigar ou onde podemos nos refugiar mesmo sem saber se as ameaças e os temores (ou prazeres) que o lobo mau de pau duro provoca, a olho nu, podem ser observadas no microscópio ou devemos usar uma luneta, somos origem ou resultado destes devaneios, éramos antes ou somos depois destas obras e, o que, exatamente?
os deslocamentos do olhar para acertar o foco ou corrigir a mira na busca de uma resposta a essa pergunta que estas pinturas provocam, não apenas pelos formatos tão díspares nem pelos suportes tão desiguais mas pelo sadomasoquismo (uma palavra forte mas não achei outra tão apropriada e contundente) que evocam e parece subjazer nelas, instigam uma reflexão tão própria da arte quanto "antes, despues" o poema de julio cortázar que cito, aqui, no original:
Como los juegos al llanto
como la sombra a la columna
el perfume dibuja el jazmín
el amante precede al amor
como la caricia a la mano
el amor sobrevive al amante
pero inevitablemente
aunque no haya huella ni presagio
aunque no haya huella ni presagio
como la caricia a la mano
el perfume dibuja el jazmín
el amante precede al amor
pero inevitablemente
el amor sobrevive al amante
como los juegos al llanto
como la sombra a la columna
como la caricia a la mano
aunque no haya huella ni presagio
el amante precede al amor
el perfume dibuja el jazmín
como los juegos al llanto
como la sombra a la columna
assim ficamos, candelária, "las huellas que dejan tu pintura" e o presságio que anunciam, muito tempo haverão de demorar, por aqui, para serem esquecidas.
miguel paladino, setembro 2018
segunda-feira, 3 de setembro de 2018
quinta-feira, 21 de junho de 2018
JC, um modelo para armar com Miguel paladino, Domingo dia 24!
Encontro que apresenta e celebra a obra de Julio Cortázar coordenado por miguel paladino em la mínima galeria. Uma iniciativa do cronópio gustavo galo que alistou seus amigos para assistir a performance do paladino que fará ouvir gravações, músicas, leituras e assistir filmes e documentários sobre a obra deste autor considerado por muitos como um dos melhores das letras castellanas ou da língua espanhola como é conhecido o idioma de Cervantes no brasil.
contribuição consciente: O evento não tem preço fixo nem é de graça, vamos cuidar de todos e valorizar a contribuição de cada um.
quarta-feira, 6 de junho de 2018
terça-feira, 22 de maio de 2018
quinta-feira, 10 de maio de 2018
terça-feira, 1 de maio de 2018
Luz Marina na galeria
Luz Marina irá apresentar seu novo trabalho: Chama. nesta noite será servido também um caldo especial: Caldo íris.
data: cinco de maio 20hs
ingressos: $30 com caldo íris
bebidas a parte
sexta-feira, 20 de abril de 2018
segunda-feira, 16 de abril de 2018
jardim al sur - obras de viky vitas y pitico vulliez
abertura 14 de março / 19hs
exposição até 13 de abril de 2018
lamínima galeria
Somos artistas que trabalham com uma linguagem análoga.
gestuais
matéricos
Gostamos das formas orgânicas, da vegetação frondosa,
das flores proibidas,
A temperatura dos bosques,
o lodo,
suas umidades
Barro,
texturas,
bulbos,
fluidos.
O aroma da terra molhada,
esse tapete fulgurante que o orvalho insinua.
(P.Vulliez e V.Vitar)
lamínima galeria
av pedroso de morais 822/pinheiros_ SP
Informações
Facebook (La mínima galeria)
lagaleriaminima.blogspot.com
agendamento de visitas (11) 3578 0003
Miguel Paladino
curador residente
o
sul: um arquétipo
No imaginário
portenho, o Sul é símbolo de auspiciosa generosidade. A bravura e
a coragem que ali imperam são, antes que valores de seus habitantes,
predicados de un modo de ser, uma rara qualidade onde a mitologia
conta com heróis de carne e osso, um punhal no cinto, uma cicatriz
no rosto, compadritos cultuados por borges com a admiração e
a inveja do intelectual resignado à sua biblioteca e ao seu jardim*
De um dos pátios
ter olhado
as antiguas
estrelas,
do banco da
sombra ter olhado
essas luzes
dispersas
que minha ignorância
não aprendeu a nomear
nem a ordenar em
constelações,
ter sentido o
círculo da água
na secreta cisterna,
o cheiro do jasmim e
da madressilva,
o silencio de um
pássaro adormecido,
o arco do saguão, a
umidade
- essas coisas são,
talvez, o poema.
.........................................................
* "sul" JLB,
in fervor de buenos aires
Cantado em inúmeros
tangos e referido em poemas épicos que podem remontar aos pampas de
fierro ou àquele "paredon y después" (de homero manzi)
com a sua "luz de almacén" foi atualizado na década de 90
no rock de charly garcia que diz ser da "cruz del sur, aquele
que fecha e apaga a luz".
O termo que descreve
uma constelação visível apenas no hemisfério homônimo é, ou
pode ser, também uma sina, o castigo que toda cruz encerra, el
sur es una cruz, sim, mas tambem pode ser uma cumplicidade e
motivo de orgulho como para torres garcia quando inverte o mapa da
américa ou nos tangos de cortázar, escritos na europa, quando diz
ter saudades de la cruz del sur, el mate amargo... etcétera,
etcétera.
Para somar nas
referencias vale uma menção (inevitável) a SUR, emblemática
revista dirigida por Victoria Ocampo que publicava textos e critica
literária de autores como Alfonso Reyes, Borges e ate Cortázar, e
cujo nome remete ao culto que "el Sur", sempre mereceu na
cultura portenha.
Tenho para mim que os
autores de Florida cultuaram, sempre, os de Boedo e que a recíproca
não é verdadeira mas isso é uma outra história...
jardín al sur
este "jardín"
que pitico vulliez e viky vitar encenam em la mínima com um
conjunto de obras de extrema qualidade artística está "ao sul"
não "no sul" nem podemos dizer que seja "do sul",
mesmo estando em são paulo.
"jardim ao sul"
significa ou pode significar algo distante geograficamente (para
artistas do norte e do nordeste argentino como eles) mas também e ao
mesmo tempo, uma qualidade que recebe a herança dessa mitologia
portenha, "su buena gente, su intimidad".
Do cruzamento desses
componentes da cultura argentina é feita a matéria desta exposição,
doses certas de água e terra que resultam no barro elemental que
pitico modela, a delicada aquarela de vicky cujos pigmentos traçam
arabescos, linhas que parecem buscar o além, algo que só pode ser
encontrado "ao sul" mas não do mapa e sim de nós mesmos.
paladino
Os
artistas com a palavra
Juan
(pitico) Vulliez
Tenho
especial interesse pela exploração sensível do espaço através de
formas orgânicas
Arame,
fio, barro...
Objetos
em permanente tensão entre o plano e o volume.
Matéricos,
frágeis,
sutis.
CV
BREVE / Pitico Vulliez
Nasceu
em 24 de junho de 1968, Colón, Entre Ríos. Mora e trabalha em
Buenos Aires.
EXPOSICIONES
INDIVIDUALES:
2016:
"La morada de las plantas", Jardín Botánico de Buenos
Aires Carlos Thays
2013:
"Escondrijo", Tramando de Martín Churba.
2010:
“El dúctil esfuerzo de evitar la caída", Galería Central de
Proyectos.
2005:
"Dibujos y Objetos", Galería de Arte Juana de Arco.
COLECTIVAS
2014:
"Fragilidad", Embajada Argentina en Paris, Francia. "No
man is an island",
UntitledBcn
Gallery, Barcelona, España.
2013:
"Poética de los sentidos", ABRA Galería, Tandil, Buenos
Aires.
2012:
"Ensueños Naturales", Museo Munt, Tucumán. ArteBA,
Galería Central de
Proyectos.
2008:
"En Estado Natural", Galeria de Arte Bacano. Galería de
Arte Javier Baliña.
Muestra
colectiva.
2007:
ArteBA, Galería Juana de Arco. "HOY", Galería de Arte
Juana de Arco.
2006:
"Golondrina", C. C. Alberto Rouges, Tucumán.
2004:
“Objetos y Dibujos", Galería de Arte Jardín Oculto.
FORMACIÓN:
Autodidacta.
2011-2007:
Pintura, Sofia Huidobro.
2006:
Joyeria, Osvaldo Borras.
2005:
Filosofia y Arte en el C.C.Ricardo Rojas, Lucas Soares.
2004:
Historia del Arte Argentino y Latinoamericano, Laura Batkis.
2003:
Clinica de obra, Jorge Gumier Maier.
2002:
Escenografia, Gaston Breyer.
2001:
Clinica de obra, Juan Doffo.
1996-1993:
Escultura, Juan Calcarami.
Viky Vitar
Como
un brote nace la mujer-planta.
La
línea-liana aflora en papel, tela y pared.
A
veces fría, se congela. A veces caliente, arde.
La
tinta fluye avivada generando nuevos retoños que quedan rodeados de
vacío.
Se enrosca y retuerce. Mana de una boca como palabras que no
acaban
de entenderse. Se enreda en semilla-flor.
mujer
- depósito
mujer
- brotada
Silencioso
hueco de verano.
Las
extremidades se prolongan en el desconcierto, hacen crecer la hoja.
CV BREVE / Viky Vitar
Nació
en 1979. Formada en la ciudad de San Miguel de Tucumán, en la
Facultad
de Artes de la UNT, donde cursó el tallerC. Becada para realizar las
clínicas
de obra organizadas por la Fundación Antorchas con Gumier Maier y
Claudia
Fontes en el 2000 y con Pablo Siquier y Graciela Sacco en el 2001. En
el
2003 se radica en Buenos Aires, donde realiza clínica de obra con el
artista
Tulio
de Sagástizabal (2006). Convocada a participar del Proyecto Pac/
Prácticas
Artísticas Contemporánea, Galería Gachi Prieto, Buenos Aires
(2013).
Seleccionada para el libro Malos Pensamientos (2008), Ilustración
Argentina
Contemporánea. Producción, curaduría y participación PROYECTO
VITRINA,
Buró Arte Tucumán, junto con Florencia Vivas año 2015/2016.
Exposiciones
individuales:
2000:
“Arte a Domicilio”, proyecto de intervención en una casa
abandonada
(Tucumán).
2006:
“Violencia Natural”, Galería de Arte Juana de Arco, BA.
2008:
“Camino al infiernillo” galería Baltar contemporáneo, Mar del
Plata.
2014:
“Tu miedo de la infancia fue fértil”, proyecto Tucumán pinta,
Espacio
Tucumán
en Buenos Aires.
Colectivas
destacadas:
2014:
“Fragilidad”, Galería Argentina, Embajada Argentina en Francia,
París.
No
man is an island, Galería Unttitled, Barcelona, España.
2013:
“Ensueños naturales”, MUNT, S. M. Tucumán. Edición limitada,
Galería
Mar
Dulce, Buenos Aires.
2012:
“Turismo Aventura”, con el Grupo El Ingenio, Gal. Mundo Dios, Mar
del
Plata.
2011:
“Es o no es el sueño que soñé antes del alba”, con el artista
Sandro
Pereira,
C.C. Virla, Tuc.
2007:
“Hoy”, Gal. Juana de Arco , Bs.As. Pinamar +arte, Pinamar, curada
por
Maxi
Jacoby. La Casona de los Olivera , selección de artistas, C.C.
Recoleta,
Bs
As.
2005:
“Flores del Jardín”, Museo Pcial. Timoteo Navarro, Tuc.
2004:
“La recolección”, ArteBA , MALBA –Bs As. (2004). “Muestra
Golondrina”,
organización y curaduría, C.C. Rouges.
para
quem não conhece
**Sur,
tango de Homero Manzi
Sur,
paredón
y después...
Sur,
una
luz de almacén...
Ya
nunca me verás como me vieras,
recostado
en la vidriera
y
esperándote.
No
voy en tren, voy en avión / Charly Garcia
No
voy en tren, voy en avión
no
necesito a nadie
a
nadie alrededor.
Por
qué no hay nadie que mi piel resista,
por
qué no hay nadie que yo quiera ver.
no
veo televisión ni las revistas
no
veo ya nada que no pueda ser.
Por
eso yo no voy en tren, voy en avión
no
necesito a nadie
a
nadie alrededor.
Cuando
era niño nunca fui muy listo
tocaba
el piano como un animal
yo
se que algunos piensan que soy mixto
pero
yo tengo personalidad.
Yo
soy de la cruz del sur
soy
el que cierra y el que apaga la luz
Yo
soy de la cruz del sur
aquí
y en everywhere.
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